IDEB: EXCLUIR PARA SUBIR ?

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) tem como objetivo diagnosticar a educação básica do País e contribuir para a melhoria de sua qualidade, oferecendo subsídios concretos para a formulação, a reformulação e o monitoramento das políticas públicas voltadas para a educação básica. O Saeb é realizado pelo INEP desde 1990 e os resultados também são usados para calcular o Índice de desenvolvimento da Educação básica (ideb), que considera o desempenho dos alunos no Saeb e os dados de fluxo escolar do Censo Escolar, fornecendo indícios sobre a qualidade do ensino ofertado.

De acordo com alguns professores da Rede Pública Municipal de Ensino de Alto Alegre do Pindaré, muitos alunos já foram excluídos de participarem da prova do Saeb, que deverá ser aplicada conforme mostrado no calendário no fim desta matéria. A prática discriminatória adotada pela Secretaria Municipal de Educação desta cidade, além de impedir que o Governo Federal fotografe a realidade educacional altoalegrense, colocará uma máscara no sistema de ensino municipal, o que provavelmente apontará para uma qualidade e realidade educacional inexistentes.

Considerando que a avaliação externa SAEB não tem caráter punitivo para os alunos e nem para o município, o que induziu a Secretaria Municipal de Educação de Alto Alegre do Pindaré, optar pela exclusão antecipada desses alunos, impedindo-os de participarem de uma avaliação externa? O que justifica esse processo de exclusão antecipada?

As indagações supracitadas são necessárias porque foi identificado que o município Alto Alegre do Pindaré-MA, representado pelo chefe do Executivo municipal, o prefeito Francisco Dantas Ribeiro Filho (Fufuca), adotou a prática da EXCLUSÃO pelo ÊXITO. Nesta ótica binominal alguns alunos das turmas de 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, diagnosticados com grandes dificuldades de aprendizagens relacionadas à pratica de leitura, efetivação e compreensão de cálculos foram excluídos e não participarão da prova do SAEB neste ano letivo (2019).

Outro fator observado no seio educacional deste município é que para atingir resultados satisfatórios na avaliação externa, que acontece sempre nos anos ímpares, os alunos que não foram excluídos do processo (5º e 9º anos) têm uma rotina de estudos voltada especificamente para as avaliações, com prioridade apenas nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática, disciplinas cobradas nas avaliações externas.

Portanto, quando, de fato a educação é vista como prioridade, as estratégias de APELAÇÃO e de EXCLUSÃO que surgiram como pano de fundo para MASCARAR a qualidade da educação altoalegrense, são desnecessárias. É preciso INVESTIR para não APELAR e nem tão pouco EXCLUIR.